A deputada Teresa Leitão, que é vice-presidente da Comissão Especial que discute a reforma da previdência na Assembleia Legislativa de Pernambuco, afirmou que o mais grave da proposta é o “total desmonte da previdência como conhecemos hoje”, ou seja, a troca do sistema solidário pelo sistema de capitalização. A parlamentar explicou que hoje, para garantir a aposentadoria de cada um dos brasileiros, são feitos depósitos na conta da previdência pelo próprio trabalhador, pelo governo e pelo patrão, que emprega com carteira assinada.
“No sistema de capitalização, um banco ou um fundo de capitalização passa a ser dono do seu dinheiro. Mas você só vai capitalizar se você puder. O dinheiro do salário mínimo, que Bolsonaro acabou com a política de reajuste, vai sobrar para você depositar?”, questionou a parlamentar.
Teresa Leitão explicou também que no sistema de capitalização a responsabilidade é toda do segurado. “Se um banco quebrar e estiver com seu dinheiro, você pode ser prejudicado. É por isso que a gente diz que não é reforma, é um desmonte”, concluiu a parlamentar.
Além de Teresa, o deputado João Paulo e a advogada Manuella Mattos também fizeram duras críticas à reforma da previdência, principalmente às mudanças que Bolsonaro quer promover no BPC (Benefício de Prestação Continuada), com a redução do valor mínimo para R$ 400 e aumentando as dificuldades para trabalhadores rurais darem entrada em sua aposentadoria.
Teresa Leitão também prestou contas de suas ações em favor da reforma dos 39 quilômetros da PE-75, entre Goiana e Itambé. A deputada explicou na rádio que já se reuniu e discutiu a temática com a Secretária de Infra-estrutura do Governo do Estado e com o Secretário da Casa Civil. Segundo ela, o governo tem duas ações previstas para a PE, sendo a primeira etapa reparos em áreas que são possíveis de reparar, seguida pela continuação das obras de total recuperação do pavimento. Teresa Leitão recebeu a solidariedade do deputado João Paulo (PCdoB), que também vai se incorporar à luta para pressionar o governo.
Logo após à entrevista na Rádio, eles seguiram para a Câmara Municipal de Itambé para novamente discutir com a população a temática da previdência social.
Por fim, seguiram para a nova sede do Centro Manoel Mattos de Direitos Humanos, onde ali fizeram um resgate da luta do advogado pernambucano, brutalmente assassinado há 10 anos em retaliação à sua luta pelos direitos humanos e dos trabalhadores da região da divisa entre a Paraíba e Pernambuco.
Comentários
Postar um comentário