Justiça ouve policiais acusados da morte de jovem durante protesto em Itambé


Na manhã da última sexta-feira(6), dois dos policiais militares envolvidos na morte de Edvaldo Alves receberam suas sentenças, em uma Audiência de Instrução, por Crime de Omissão, no Fórum da cidade de Itambé, Zona da Mata Norte de Pernambuco.

Silvino Lopes de Souza e Alexandre Dutra da Silva responderam por Crime de Omissão. Silvino foi o que arrastou pelo chão o jovem Edvaldo Alves já ferido a bala, durante os protestos de 17 de março de 2017, da população de Itambé, na PE-75, que reivindicava mais segurança para o município que estava (e ainda está) sofrendo muito com a violência.

O policial Silvino Lopes da Silva estava acompanhado de seu advogado o Dr. Jorge, e o outro PM Alexandre Dutra da Silva, estava acompanhado de seu advogado o Dr. Lavoisier.

Os dois foram julgados pelo Crime de Omissão, porque tiveram participação passiva no crime, quando o Capitão Ramon Tadeu Silva Cazé mandou o soldado Ivaldo Batista de Souza Júnior atirar no jovem Edvaldo Alves, um dos manifestantes do protesto. O policial Ivaldo portava uma arma com bala de borracha, mas a mesma era de grosso calibre e o tiro foi a uma curta distância.

Os dois policiais receberam as sentenças do Juiz Dr. Ícaro Nobre Fonseca, onde cada um deverá pagar 10 salários mínimos, que serão destinados às entidades cadastradas na Comarca, sendo o valor depositado em conta judicial.

Os réus acharam alto o valor a ser pago e seus advogados pediram ao Juiz Ícaro, que permitiu, que esse valor fosse dividido em até 20 vezes, sendo, então, parcelas iguais de R$477,00, a começarem a pagar de hoje a um mês.

Em seguida, começou a Audiência do Capitão Ramon Tadeu Silva Cazé e Ivaldo Batista de Souza Júnior que respondem por Homicídio Doloso (quando há intenção de matar).

O Capitão Cazé compareceu com seu advogado de defesa o Dr. Ernesto Cavalcante, que afirmou em entrevista, que tem como provar que a culpa da morte de Edvaldo Alves foi Falha do Sistema de Saúde

Compareceu também ao Fórum, o Deputado Estadual Edilson Silva (PSOL), o mesmo presidi a Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular, Edilson vem acompanhando esse caso desde o início.

Ivaldo Batista de Souza Júnior não compareceu à audiência, mas foi representado por seu advogado. As testemunhas do caso, juntamente com José Roberto, irmão da vítima, estavam acompanhados do advogado Dr. Ronaldo Jordão, algumas testemunhas foram ouvidas pelo Juiz Ícaro Nobre Fonseca, mas a audiência foi suspensa, porque algumas testemunhas não foram ouvidas, e uma nova data será marcada.






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