Figura polêmica pela linha dura adotada na Polícia Militar de Pernambuco, o coronel Luiz Meira se filiou ao PRP essa semana para se lançar pré-candidato ao Governo do Estado, dando palanque ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ). Após aparecer um vídeo ao lado de Bolsonaro, em Brasília, admitindo que vai disputar, em uma nova gravação que circula entre apoiadores do coronel ele defende prisão ou morte de criminosos.
“Bandidos e traficantes, tenho um recado para vocês: arrumem as malas, porque em 2019 é cadeia ou cova”, afirma no vídeo.
Hoje, o Código Penal prevê a punição de policiais que matarem suspeitos por uso excessivo de força. O País também assina tratados internacionais que abordam o assunto.
Bolsonaro defendeu no ano passado que os policiais não sejam punidos.
Meira foi diretor geral de Operações da PM de Pernambuco, na primeira gestão do ex-governador Eduardo Campos (PSB). O militar já foi comandante também do Batalhão de Choque da PM e ficou conhecido, na capital pernambucana, por ter dado uma “gravata” em estudante em um protesto contra o aumento da tarifa de ônibus. Na época, 2005, políticos e entidades de direitos humanos questionaram a atitude do policial.
No ano passado, Meira chegou a assumir uma vaga para cuidar da segurança do metrô do Recife. Depois disso assumiu como secretário de Ordem Pública de Jaboatão dos Guararapes.
O coronel chegou a articular a sua entrada no PSL. Comenta-se nos bastidores que teve a candidatura limada pelo presidente do partido, o deputado federal Luciano Bivar (PE). Depois disso, entrou no PRP.
O presidente estadual do PRP, José Ernesto de Paula Barreto, afirmou que o partido irá fazer uma reunião com o chamado “G6”, chapinha fechada entre PSL, PV, PSDC, PHS, PRTB e o próprio PRP, para ver a “aceitação” do grupo sobre a candidatura do coronel Meira ao Palácio do Campo das Princesas. A chapinha foi montada para a disputa pelas vagas na Câmara dos Deputados.
Blog de Jamildo
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